Quando revolvo a terra do passado,
os pés, da distância, cansados,
na escuridão dos dias que se foram,
para o nada que é a vida de todos,
entrando na madrugada do tempo,
passeando descalço na superfície do pátio,
eu enxergo as pontas dos cacos de vidro
e o veludo dos grãos de terra entre os dedos.
J.A.
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